Ex-policial militar condenado por feminicídio após morte de ex-namorada em 2021
Na quinta-feira (18), o Tribunal do Júri proferiu sua decisão no caso envolvendo Douglas da Silva Teixeira, ex-policial militar, que foi considerado culpado pela morte de Thabata Caroline Gonzales Silva, sua ex-namorada em 2021. A sentença, emitida após longo processo, estabeleceu uma pena de 14 anos e seis meses de prisão, por homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, emprego de meio cruel e, crucialmente, como feminicídio.
O ex-PM, desde então, permaneceu sob custódia no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo, enquanto aguardava o desfecho do processo. A sentença não prevê a possibilidade de recorrer em liberdade.
Durante o julgamento, a defesa de Teixeira expressou intenção de recorrer da decisão, discordando da condenação.
O trágico incidente ocorreu em novembro de 2021, quando Thabata foi encontrada sem vida, vítima de um disparo na cabeça, dentro de um carro estacionado na propriedade dos pais de Douglas. O relacionamento entre o casal, marcado por ciúmes excessivos e uma iminente separação, culminou nesse fatídico desfecho.
Os antecedentes de violência no relacionamento são evidentes. Um dia antes do ocorrido, Thabata havia registrado um boletim de ocorrência por agressão, descrevendo uma cena em que foi ameaçada com uma arma e agredida pelo réu.
O desfecho trágico chocou a comunidade local. Antes de sua morte, Thabata enviou mensagens preocupantes à sua mãe, indicando um temor pelo pior desfecho.
Apesar das alegações iniciais de Teixeira sobre a natureza acidental do disparo, os laudos periciais descartaram essa hipótese. O júri popular, após mais de 14 horas de deliberação, concluiu pela culpabilidade do réu.
Esse caso traz à tona não apenas a tragédia pessoal envolvida, mas também a urgência de abordar e prevenir casos de violência doméstica e feminicídio em nossa sociedade.